10 Dicas para prevenir a Obesidade Infantil

Ricardo Ogawa

Você já prestou atenção na sua alimentação? E na do seus filhos? As crianças geralmente fazem aquilo que seus pais fazem. Portanto dê o exemplo, ensine. Maus hábitos alimentares podem trazer sérias consequências à criança. Pare de achar lindo aquele filho gordinho, fofinho que você tem, ele é um futuro obeso que irá sofrer de vários males como: problemas nas articulações, diabetes, hipertensão arterial, altos níveis de colesterol, triglicerídeos e muito mais, além de ferir sua auto-estima e levá-los à rejeição social.

A Obesidade Infantil atinge 10 % das crianças brasileiras.

1- Dê o exemplo.

Como é que você quer que seu filho coma salada se o pai, mãe ou o irmão mais velho não comem?

Como seu filho não tomará líquido durante a refeição se você ingere um litro de refrigerante. Seja ele diet ou não, tanto faz.

Como ele vai optar por comidas mais saudáveis se as únicas opções que você dá a ele são: salgadinhos, batatas fritas, bolachas recheadas, bolos e tantos outros maus exemplos?

E isso muitas vezes acontece porque você, mãe ou pai, tem preguiça ou falta de tempo para preparar alimentos mais saudáveis. E sabe quem paga o preço? Seu filho, pois ele ainda depende de você.  

Fazer um sanduíche nutritivo e saboroso, preparar uma garrafinha de suco natural, deixar uma fruta lavada sempre dá tempo. Para assistir novela entre outros tipos de coisas todos tem tempo, afinal quem quer algo arruma um jeito e quem não quer arranja uma desculpa.

2- Reeduque seu filho:

Este talvez seja o primeiro e o melhor passo para combater a obesidade entre as crianças. As crianças estão cada vez mais obesas de tantos farináceos e doces que consomem. É necessário uma diminuição desses alimentos como: salgadinhos, refrigerantes, bolachas recheadas e uma introdução de sucos, frutas, verduras, sem dispensar, é claro, os alimentos construtores como: carne, leite, ovos e etc.

Fique atento, pesquisas mostram que crianças comem aquilo que lhes é ofertado e o que outras pessoas comem.

Menos guloseimas !!

3- Quem faz as compras são os pais.

Esta é a grande dica para quem quer modificar os hábitos alimentares de seus filhos.

As guloseimas devem ser excluídas das despensas e deve-se limitar as saídas às lanchonetes/"fast foods", evitar principalmente de pedir alimentos por telefone, com essa facilidade, a maioria das pessoas acabam comendo "porcarias".

Comece pelo supermercado, saiba fazer suas compras e ensinar seus filhos a comprar. A educação nutricional já começa na escolha dos alimentos. Se você comprar "porcarias", o que você acha que seu filho vai comer?

Mais frutas !!

Por um acaso você já viu alguma criança dar "show" e chorar no mercado querendo alguma "porcaria"? Pois é, e na maioria das vezes o que os pais fazem? Compram a "porcaria" para que a criança pare de chorar. Lógico, é muito mais fácil, não é? Pois bem, meu pai sabiamente sempre me dizia: "Prefiro lhe dizer "não" e ti ver chorando agora, a lhe fazer as vontades e "eu" ter que chorar depois. Fica a dica...

4- Não brigue nem faça chantagem.

Essas atitudes aumentarão a resistência da criança e a fará "pegar" ódio pela alimentação, tornando a hora da refeição um campo de batalha diário. Ao contrário disso, ofereça várias vezes o alimento à criança, ela deve experimentar em torno de dez vezes o alimento até dizer com certeza se gosta ou não dele), faça pratos coloridos, mude o modo de preparo, ofereça o alimento: cru, cozido, raspado, etc e coma junto para estimular.

5- Não recompense, transmita valores.

Esqueça aquela idéia de dar à criança uma sobremesa em troca do prato vazio, isso transmitirá à ela a idéia de que comer a comida não é bom, mas a sobremesa sim. Utilize outras artimanhas como: desenhar e pintar alimentos, contar histórias como a do Popeye, que come espinafre para ficar forte, conte-lhes sobre a real importância de comer de maneira correta (crescer forte e saudável, para evitar o uso de remédios e etc).

6- O corpo foi feito para se mexer.

Taekwondo, uma ótima atividade !!

Estimule a criança a praticar alguma atividade física como as brincadeiras de "antigamente": peteca, bola, econde-esconde entre outras tantas, dessa forma as crianças poderão queimar as calorias e reduzir seu excesso de gordura.

7- É de pequeno que se torce o pepino.

Os hábitos alimentares da criança começam junto com a introdução dos alimentos aos seis meses de vida. Se você oferece doces, quando ela crescer, provavelmente terá preferência por doces. Se você oferece frutas, ela provavelmente gostará de frutas.

O consumo de doces, alimentos refinados que contenham amido como: pães ou biscoitos, podem ainda acarretar em cáries dentárias.

8- "Omo, se sujar faz bem"

Assim que a criança conseguir segurar os alimentos com as mãos, deixe que ela coma sozinha, não precisa ser todos os dias, mas isso vai estimular a coordenação motora e criar uma boa relação com a comida. Comece com frutas e legumes picados.

Exemplo de mau hábito

9- Foco

Não deixe seu filho comer em frente à televisão, computador, video-game ou qualquer outra distração, essas coisas fazem com que ele coma mais em: quantidade, velocidade e sem prestar atenção no que coloca no prato. Hora de comer é hora de comer, ponto.

10- Não substitua. (Essa é clássica)

Mãe: Filho, venha jantar.

Filho: Não estou com fome mãe.

Mãe: Então tome um copo de leite pelo menos, coma umas bolachas.

Se a criança não está com fome no almoço, por exemplo, não ofereça alimentos de fácil ingestão como sucos ou bebidas lácteas e achocolatados. Quando ele estiver com fome, vai querer comer "comida" (arroz, feijão, carne e verduras). Faça o teste, ele pode se recusar na primeira vez, e francamente, dormir um dia sem comer não vai matá-lo.

Não pressione se sobrar no prato (erro grave da maioria das mães), coloque quantidade suficiente para nao frustrar a criança, assim ela vai se sentir melhor quando conseguir comer tudo.

Bem, pode ter parecido grosseiro, e os senhores pais podem estar se sentindo os vilões da história ou me odiando, mas é a pura realidade. Não estou dizendo que é fácil, mas é melhor ter trabalho agora nessa fase que dura tão pouco tempo, do que pagar o preço para o resto da vida, danos tanto psicológicos (baixa auto-estima, discriminação ou depressão provocados por bullying) quanto físicos, assim como citados anteriormente.

Autor: Ricardo Ogawa.